O post de hoje é uma introdução à programação funcional, para podermos entrar finalmente em Clojure. Mas antes disso, vamos falar sobre como aprendemos a programar na faculdade, em cursos, e em todos os lugares. Vamos falar de “orientação a objetos”, principalmente, e vamos falar sobre “abstração”. A programação, como sabemos, é um exercício total de abstração – ao fazer um software, temos apenas um objetivo – fazer com que um trabalho, que provavelmente seria realizado de forma ineficaz ou manual, torne-se automático. Parece uma super-simplificação, mas é verdade. Processadores de texto substituem máquinas de escrever, editores de imagem automatizam vários trabalhos de restauradores, pintores, e desenhistas, e sistemas de folha de pagamento substituem o trabalho de vários matemáticos, contadores, etc. A profissão de todos continua válida – apenas simplificamos um pouco (ou MUITO!) o trabalho deles. E o nosso trabalho, de programadores, é simplificado com linguagens mais modernas, nas quais se escreve menos e se sub-entende mais. E para isso, precisamos aprender a escrever nessas linguagens. E aí entram os cursos, ou a faculdade.
Basicamente, aprendemos a programar nesses cursos, ou na faculdade, pensando em orientação a objetos. Para muita gente, essa é a única maneira sadia de se programar – afinal, orientação a objetos é o paradigma que representa melhor o mundo real, uma frase que muito se ouve. E essa frase é verdadeira, mas com uma pegadinha muito difícil de encontrar: o mundo real é um lugar complicado.
Esse será um post grande, portanto, está dividido em partes. Falaremos sobre a imprevisibilidade, depois mutabilidade e imutabilidade, e na última parte teremos exemplos em Ruby e Clojure sobre trabalhar com dados mutáveis e imutáveis.
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