Divagações
Minha Saída de um Cargo Público
Bom, para os que não sabem, eu deixei um cargo público, estatutário, numa universidade federal. Na verdade, pedi um afastamento, mas gostaria de não voltar para lá e conseguir guiar minha vida de outras formas. O motivo é muito parecido com outros que já vi, mas acho legal contar um pouco da história também.
Quando se usa o termo “a máquina do governo”, acredito sinceramente que o termo é bem apropriado. Quando se fala a palavra “máquina”, eu pelo menos imagino aquelas máquinas antigas, totalmente mecânicas, que fazem um barulho absurdo e soltam fumaça e cheiros enquanto funcionam. O engraçado dessas máquinas antigas é que, mesmo com essas características peculiares, digamos assim, elas funcionam. Claro, comparando com modelos mais modernos, elas são BEM piores, são mais lentas, tem BEM menos recursos, mas com essas máquinas antigas, mesmo acumulando um pouco de ferrugem aqui, ou arrebentando uma correia ali, elas continuam funcionando como se nada tivesse acontecido. Detalhe que essas máquinas antigas gastam mais de energia, combustível, etc, e isso também é uma metáfora apropriada…
Assim é o governo. Pior ainda, há uma completa resistência em adotar coisas mais modernas, em mudar algo que funciona mal, mas que está em produção há anos, ou de arriscar algo novo: desde linguagens até frameworks diferentes.
E isso não é a pior parte.
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