Testes de Controller – a Saga

Semana passada comecei finalmente um projeto do zero usando Rails 3.1. A experiência foi novidade para mim, que por causa de uma série de legados (e também por questão de performance) estava preso no Rails 2.3, e não tive a oportunidade de ver como os testes funcionam no Rails 3.

Mas antes de chegar no assunto, vamos rever que o Rails não é puramente MVC. O “Controller” do Rails agrega coisas que deveriam ser feitas na view (basicamente, buscar o objeto para ser exibido). Para mais detalhes, ver meu post anterior.

Por esse motivo, e unicamente por este motivo, eu não acredito ser possível fazer teste unitários de controllers.

Um teste unitário deve, em teoria, testar um pedaço do sistema, isoladamente de outras partes. Como fazer um teste unitário de algo que é, essencialmente, um “glue code”, ou seja, um código que une regras de negócio (Models) e interfaces (Views)?

Antes do Rails 3, eu usava uma abordagem mais “integrada” para esses specs. No controller, eu usava a palavra-chave do rspec-rails “integrate_views”, e testava o par “controller-view”. Os specs ficavam mais ou menos assim:

describe PeopleController do
  integrate_views

it 'should show people on "index"' do
    sessions[:user_id] = Factory(:user).id
    Factory :person, :name => "Foo Bar Baz"
    get :index
    response.should be_success
    response.body.should include("Foo Bar Baz")
  end

it 'should render "new" view if validation failed" do
    sessions[:user_id] = Factory(:user).id
    post :create, :person => { }
    response.should render_template("new")
  end
end

Claramente, isso não é um teste unitário, mas há um grande ganho nessa abordagem: se eu resolver mudar a variável “@users” para “@records”, e atualizar a view, não preciso mexer em nenhum spec. Na prática mesmo, eu não preciso mexer em nenhum SPEC se eu mudar o layout, adicionar mais informações na view, buscar mais registros no controller e atualizá-los na view, enfim, em qualquer momento eu sei, exatamente, se o teste está falhando ou passando, sem as fragilidades que mocks podem oferecer.
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Como eu Entendo BDD

Test Driven Development, ou Behaviour Driven Development… duas “buzzwords” que, só de serem pronunciadas, trazem milhares de sentimentos. Porém, isso não mostra uma cruel realidade:

Poucas pessoas concordam com o que é, de fato, “teste de software”.

Em uma apresentação que fui, no AgileBrazil, com cerca de 150 pessoas na platéia, o apresentador lançou a pergunta: “o que é teste de software para você?”. O experimento era escrever em um papel sua resposta, e trocar com a pessoa do lado. Estranhamente, apenas 5 pessoas, na platéia toda, receberam um papel com uma explicação que batia com a sua.

Então, acho que seria interessante citar o que eu entendo por Teste de Software, e porque eu considero que pratico “Behaviour Driven Development”.
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