Closures, Functions e Programação Funcional em Javascript

Estes dias, tive que fazer um código que achei que seria muito complicado, e que deveria rodar num browser. A idéia é que, dependendo do que foi digitado em uma determinada caixa de texto, um pedaço de uma página deveria mudar. Até aí, tudo bem, o problema é que o pedaço que deveria mudar deveria agrupar informações de outras caixas de texto, e outras regras confusas. Achei uma solução muito simples e prática, e gostaria de dividí-la. Mas antes, vamos simplificar o escopo:

Imagine que há uma página, no qual há um botão “adicionar”. Ao clicar nele, ele adiciona um “select” (sexo) e uma caixa de texto com observações ou qualquer outra coisa. Podem ser adicionados tantos elementos como se achar necessário. Para cada elemento alterado, deve ser exibido um sumário na tela de baixo (observações), digamos, concatenando o sexo e as observações. A parte difícil é: quando qualquer elemento for mudado, APENAS o sumário relativo àquele conjunto de elementos (sexo e observação) deve ser alterado, e também, quando eu estiver editando as observações (ou o sexo), o sumário deve ficar em negrito. Para simplificar (e rodar em vários browser) usarei a biblioteca Javascript chamada Prototype (não usarei o JQuery porque seria jogar uma bomba numa mosca), e a idéia é escrever apenas o código relativo às edições (porque é isso que pega). Portanto, para quem quiser, basta pegar o gist do Github http://gist.github.com/658668 para ter um esqueleto do programa (basta abrir o .html em qualquer browser).
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Monkey-Patch seguro, em Javascript

Continuando os estudos com Javascript, diversas coisas interessantes, que pareciam acessíveis apenas aos programadores de Ruby, Perl e outras linguagens mais flexíveis podem ser feitas também na linguagem. O problema é que, normalmente, é difícil de usar isso em bibliotecas que já existem, principalmente porque a maioria dos códigos em Javascript ou não seguem boas-práticas ou simplesmente são escritos de forma diferente do que vou apresentar aqui, porém vale pela dica. Um exemplo bem simples, pensando na seguinte API:

objeto = {
  valor: 10,
  incrementar: function(v) { 
    if(!v) v = 1;
    valor += v;
  },
  raizQuadrada: function() {
    Math.sqrt(incrementar(4));
  }
}

Para implementá-la, em Javascript, há várias formas. Simulando o comportamento que eu fiz no post passado, é possível usar o seguinte formato:
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Estudos com Javascript

Recentemente, comprei o livro Javascript – the Good Parts, do Douglas Crockford. A principal motivação, não vou negar, foi o node.js (e o fato que muitas pessoas na net têm falado de Javascript como uma das mais “novas” maravilhas. Mas isso fica pra outro post). O livro, embora tenha uma série de problemas (e o principal é a ausência de exemplos claros, além de dar pouca ênfase ao “Javascript way”, na minha opinião) é muito bom e traz algumas definições no mínimo diferentes sobre Javascript.

Basicamente, o que é Javascript? Javascript é orientado a objeto? Javascript é funcional? Javascript suporta classes, suporta….?

Para começar, Javascript é uma linguagem de programação com sintaxe semelhante a C++, dinâmica, com tipagem absurdamente fraca, pseudo-orientada a objetos, orientada a protótipos e funcional. Wow… um de cada vez.
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ArelOperators e Buscas sem SQL

Continuando o trabalho em cima da biblioteca ArelOperators, há algumas novidades.

Para o pessoal que foi no encontro do Guru-SP, apresentei um pouco do trabalho. A idéia, conforme o post anterior sobre o assunto, é tornar o Arel mais transparente na hora de formar queries no ActiveRecord, aproveitando os recursos de Operator Overloading do Ruby.

A idéia é bem simples, na verdade, mas vem de uma dificuldade que eu acredito que muitos desenvolvedores têm: quando estamos escrevendo um código em qualquer linguagem, seria bom se pudéssemos apenas usar aquela linguagem para resolver nossos problemas. Não é conveniente usar duas, três linguagens no mesmo código-fonte (exceto, talvez, para o pessoal que usa Java, que tem que se entender com XML… ok, parei de zuar Java, juro!), e nem é recomendável de acordo com o fantástico livro “Clean Code”, do Robert Martin.

Então, por que SQL? Com uma linguagem expressiva como Ruby, e uma biblioteca fantástica como o Arel, não há mais motivos pra escrevermos “fragmentos de SQL” ou mesmo ficar fazendo “joins” e buscas estranhas manualmente. E isso trás algumas mudanças na cultura de buscas em banco de dados.
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Ensaio Sobre Tesouras de Plástico sem Ponta

Pode parecer estranho o título deste post, mas na verdade ele não é apenas sobre aquelas tesouras de criança, mas sobre segurança e como ela afeta nossa vida. Mas, para isto, é melhor começar com uma história simples de diferença de cultura:

Na pré-escola, professores e professoras sempre insistiam para usarmos “tesouras sem ponta”, que normalmente significava aquelas tesouras minúsculas com cabo de plástico e que não cortavam nem uma folha de papel direito. Quando você é criança, porém, tudo é divertido (até o fato da tesoura não cortar), e no fim você ou pede emprestada uma tesoura de outra criança, que ainda não perdeu o corte, ou acaba cortando na mão, quando o corte for reto.

Agora, vamos para outra cultura: Japão. Em animes, você normalmente vê crianças e adolescentes com aulas de culinária, prendas domésticas, ou semelhantes. Nestas aulas, os adultos supervisionam, mas são os alunos quem realmente acendem o fogo, usam facas pontudas, etc. A idéia, até onde eu sei, é ensinar desde pequeno como usar uma ferramenta que pode potencialmente ser perigosa, como ensinar a ter cautela.

Imagine, agora, você com trinta anos, um cabeleireiro, estilista, artista plástico, sendo obrigado a usar uma tesoura de plástico sem ponta? Um cozinheiro que precisa de “provadores”, “acendedores de fogão”, porque, ora, no primeiro caso ele pode queimar a língua, no segundo, ele pode explodir o fogão. Ou então, usando o fogão X, porque ele tem um acendedor automático de bocas, e assa um bolo em alguns dias, afinal, com um fogo BEEEM baixo, a chance de queimar o bolo é bem menor… certo? O que isso nos diz? Na minha opinião, tudo se resume a apenas uma palavra:

Confiança.
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Arel e Operator Overload

Finalmente, o Rails 3 foi lançado, e junto com ele vieram diversas funcionalidades legais: maior suporte para frameworks Javascript, mais rápido, mais agnóstico, etc etc… mas na minha opinião, a maior vantagem está no ActiveRecord 3.0

O ActiveRecord ganhou uma dependência chamada Arel, uma biblioteca de álgebra relacional. Muitos blogs já falaram sobre o assunto, então não vou me extender, vou direto ao ponto: Ruby é uma linguagem orientada a objeto, e ela é BOA no que faz. SQL é uma linguagem para fazer buscas, e devo dizer, ela também é BOA no que faz. Ruby entende objetos, SQL entende tabelas, e, bom, misturar os dois deveria ser muito mais transparente do que é. Por exemplo, o código a seguir:

maiores = Pessoa.maiores_de_idade
homens = Pessoa.homens
return maiores + homens

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Sistemas de Arquivos em Ruby

Por algum motivo, pensei se isso seria mais uma das “coisas que você nunca quis fazer com Ruby”, mas acho que não, até porque estou num projeto para usar tal funcionalidade. Mas, por via das dúvidas, vamos fazer algo BEM estranho:

Para quem não conhece, o FUSE (Filesystem in Userspace), uma extensão do Kernel do Linux (e do MacOSX, se não me engano), serve principalmente para criar sistemas de arquivo. Isso significa, se você sempre teve vontade de acessar sua base de dados como se fosse uma sequência de diretórios, por exemplo, esse pacote é para você. Mas, como já existem exemplos demais assim, vamos fazer algo mais bizarro (para variar): integrar o Twitter com FUSE.

Para tal tarefa, você precisará das gems “twitter” e “fusefs”. Basta instalá-las com “gem install fusefs twitter”, arregaçar as mangas, e partir para o próximo passo.
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FISL – Minha palestra, e Code Golf

Pretendo ainda fazer um resumão do FISL, mas por enquanto vamos a palestra e ao Code Golf.

Durante o FISL, apresentei a palestra “Lapidando Ruby”, um estudo de boas práticas em programas Ruby e em Rails. Basicamente, uma apresentação sobre as diversas práticas que eu percebi que levavam a um código melhor. Como eu disse na apresentação, parte do estudo é que as pessoas discordem de algumas coisas que eu faço. Pela reação do pessoal, acho que muitas pessoas concordaram com a maioria do que eu falei. A apresentação está no slideshare, e está abaixo (nota, que é melhor baixar o arquivo do SlideShare, fica um pouco melhor do que a apresentação que eles colocam lá):
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O que é Eingenclass, afinal?

Bom, eu acredito que algumas pessoas que começaram com a linguagem Ruby possam ter essa pergunta. O que, exatamente, são Eingenclass (ou, na nomenclatura mais comum, Singleton Classes)? O que, exatamente, retorna o método “metaclass”, do ActiveSupport? Bom, em primeiro lugar, é bom entender algumas coisas: o código a seguir:

class Exemplo
end

e1 = Exemplo.new
e2 = Exemplo.new
def e1.imprimir
  puts "Algo"
end

e1.imprimir #Imprime Algo
e2.imprimir #NoMethodError

Por que a primeira instância ganhou um método chamado “imprimir”, e a outra não? Para onde foi a definição deste método? Para dar a resposta, é necessário primeiro entender alguns conceitos importantes. Em primeiro lugar, sempre que um método é definido, ele é definido em uma classe, e a partir deste momento ele está disponível para ser chamado por uma instância. Este é um conceito interessante: embora, quando façamos códigos como:

class Exemplo2
  def self.somar(a, b)
    a + b
  end

def um_metodo
    "um método"
  end
end

a tendência é chamar o método “somar” de “class method” ou “metodo da classe”, na verdade não é isso que acontece. Este método, na verdade, não foi definido na classe Exemplo2, e sim em outra classe da qual a classe Exemplo2 é apenas uma instância. Para os que conhecem melhor a estrutura de classes do Ruby, sabe que toda classe é uma instância da classe Class, e sabe também que definir um método como o “somar”, acima, não automaticamente adiciona esse método a todas as outras classes. É aí que entram as Eigenclasses
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Dá para criar classes abstratas em Ruby?

Ok, aqui vamos nós para mais estudos de como fazer coisas bizarras em Ruby… outro dia, estava olhando para um livro, “Design Patterns in Ruby”, que falava de classes abstratas (tipo Java) e a inexistência delas em Ruby, aonde “Duck Typing” resolve. Mas aí pensei: será que não dá para simular o comportamento de classes abstratas tipo Java, em Ruby?

Para os que não conhecem Java: se você, em Java, declarar uma classe como abstrata, e definir, digamos, dois métodos abstratos, quando esta classe for herdada, você é obrigado a definir estes dois métodos, senão o código sequer compila. Bom, parece então simples, em Ruby: basta criar uma classe, informar, de alguma que ela é abstrata, e então quando ela for herdada, se a classe herdada não definir todos os métodos, lançar uma exceção (digamos, um NoMethodError). Ok, Ruby permite traçar quando uma classe foi herdada com o método “callback” inherited, portanto é relativamente simples saber se a classe foi herdada e se ela implementa os métodos da abstrata, certo?

Bom, na prática… não.
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